Academia PS abre o debate sobre Comunicação e Política na Madeira

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Na manhã do sábado, 24 de Setembro, teve lugar uma nova sessão da Academia PS, iniciativa do Partido Socialista Madeira que abre o debate sobre diferentes temas comuns à sociedade.O conversatorio, que girava em torno do tema Comunicação e Política, contou com a presença de Agostinho Silva, director do Jornal da Madeira; Ricardo Oliveira, director do Diário de Notícias da Madeira; e Gil Rosa, sub-diretor de conteúdos da RTP Madeira.

Agostinho Silva começou por salientar a necessidade de bom senso, enquadrado nas várias fases da política. «Não podemos alterar as nossas prioridades de informação porque se aproximam as eleições. O nosso papel é denunciar situações que afectam os cidadãos ou situações políticas que têm um impacto no desenvolvimento da sociedade. Não deve haver intervalos ou compases de espera (…) O jornalismo é mal remunerado e esta exposto ao poder político. Temos a obrigação de não revelar a fonte quando essa fonte, comprovadamente, não nos enganou de forma propositada», argumentou o director do JM.

Ricardo Oliveira diz que a relação entre jornalismo e política é fantástica. «Há muita reciprocidade, muita consideração, de ambos os lados, no jornalismo e na política. Há aqui um grande equilíbrio. Para além das provocações, o que é condenável, é o facto de os espaços de opinião fixos serem ocupados por políticos. Dos 70 colaboradores que temos hoje no Diário, 45 são da área política; destes, pelo menos 15 são do PS. Os políticos são os líderes e principais protagonistas das notícias em Portugal. O espaço dos meios de comunicação social em Portugal é um jogo jogado em termos de palavras e, até nesta área, há muitos políticos presentes. Estão a povoar um território que, em partida, deve ser ocupado pela sociedade civil», disse o director do DN Madeira.

Gil Rosa destacou a função de formação dos media, para além da informação. «Somos técnicos para trabalhar. Somos intermediarios do que está a acontecer lá fora, para o transformar em notícia. É normal que certos políticos tenham destaque em determinados momentos, de acordo com as situações que se estão a desenvolver. Em regra, o Presidente e o Primeiro-ministro são mais protagonistas em termos de notícias (…) Todos os meios de comunicação social nos queixamos da falta de recursos. Aqui na Madeira, é muito difícil pensar em jornalismo de investigação como deve ser pensado. É necessário, mas é preciso ter pessoas e recursos (…). Temos de preservar a nossa credibilidade como jornalistas e como imagem de um órgão. Somos levados a sério se formos credíveis», explicou o sub-diretor de conteúdos da RTP Madeira.

A sessão foi apresentada por Sérgio Gonçalves, líder do Partido Socialista da Madeira.

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