A imagem desta semana mostra um grupo de pessoas a ver televisão num local público numa altura em que pouca gente tinha acesso ao referido aparelho. A imagem pertence a Augusto Cabrita, que nasceu no Barreiro, no distrito de Setúbal, a 16 de Março de 1923, e faleceu a 1 de Fevereiro de 1993. Foi fotógrafo, director de fotografia e produtor cinematográfico.

Foi autor de capas de discos de Amália Rodrigues, Simone de Oliveira, Carlos Paredes e Luís Góis. Também realizou, em 1957, uma reportagem sobre a visita da rainha Isabel II a Portugal, e continuou, na década de 60, a fazer documentários para televisão lusitana, que estava a nascer. A sua estreia como director de fotografia no cinema foi no filme ‘Belarmino’, sobre a vida do boxeador luso Belarmino Fragoso.
O seu nome está numa escola secundária e no auditório municipal do Barreiro, cidade onde se encontra o seu estúdio, ainda em funcionamento e administrado pelo filho, Augusto Cabrita Júnior.

Participou em várias produções de cinema: ‘Improviso sobre o Algarve’ (curta-metragem 1960); ‘Macau’ (curta-metragem, 1961); ‘Na corrente’ (curta-metragem, 1970); ‘Uma viagem’ (curta-metragem, 1970); ‘O mar transporta a cidade (curta-metragem, 1977); ‘Uma história de trens – uma viagem de Hans-Christian Andersen’ (1978); ‘Lisboa’ (1979) e ‘Açores, Ilhas do Atlântico’ (1979).

Tem também vários livros editados: ‘50 anos da CUF no Barreiro’ (1958-59); ‘Portugal, um país que vale a pena conhecer’ (1972); ‘Cozinha tradicional portuguesa’, de Maria de Lourdes Modesto, fotos de Augusto Cabrita (1982); ‘As mais belas vilas e aldeias de Portugal’ (1984) e ‘Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal’ (1986).

Foi anda galardoado com diferentes distinções e prémios: Ordem do Infante D. Henrique (1985); Medalha ‘Barreiro Reconhecido’ (1986); Medalha de Mérito Distrital de Setúbal (1991); Prémio Rizzoli, Itália; 1.º Prémio de ‘Melhor Conjunto de Expositores Nacionais’ (1958); Prémio da Critica (1962); Prémio Nacional de Cinema, pelo filme ‘Belarmino’ (1964); Prémio da imprensa por ‘Televisão’ (1970) e Prémio Nacional de Cinema ‘Aurélio Paz dos Reis’ (1971).

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