Altatribuna: «Em poucas palavras»

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Já sabemos o que se sente em Cuba. Ouvíamos os cubanos e os que visitavam o país. Mas senti-lo na própria carne não é o mesmo que escutar. Cada dia transcorrido é mais difícil e complicado, para tudo. E o que se ouve que vem para o próximo ano é como para parar de nos assustarmos: “o mau ainda não começou”. Eu acredito porque o que temos estado a presenciar no país é incrível. Conta-se no exterior e não acreditam em nós. É terrível. Uma desvalorização como a que temos não é para celebrar. Certo, o assunto, longe de melhorar, piora cada dia. Assim que não há razões para não acreditar que o que vem para o 2015 é para angustiar-se. As lições ainda não foram acabadas de aprender e os cegos, que ainda restam por certo, abrem os olhos lentamente. O apoio que este regime possui é muito pouco, possivelmente cerca de 15%. A qualidade de vida do venezuelano desapareceu por completo. Ouvem-se muitas vozes na rua e quase todas são para desaprovar este regime.

Em artigos anteriores referi que se não há uma oposição sólida que unida e decidida não compreenda onde estamos caindo, terminaremos ocupando o espaço que Cuba está deixando. Cuba saindo do sonho do “socialismo” e nós entrando. Mas agravado com os males que Cuba não tem: A delinquência desenfreada. Há provérbios que venho escutando desde há algum tempo: “Quando o rio faz barulho é porque traz pedras”, “Guerra anunciada não mata soldado”. Mas aqui os provérbios, ao que parece, não se aplicam. Aqui o rio não só faz barulho senão que grita e não se passa nada; e os soldados são mortos a todo o momento. Vê-se o desastre total aproximar-se porque as variáveis estão aí, à vista de todos. E o País continua sem queixosos. Os responsáveis, ao parecer, pensam que as culpas e as responsabilidades, como que não têm a ver com eles e que não pagarão. Mas a História é inflexível com quem atraiçoou as esperanças de um povo.

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