Alberto João Jardim
Os Portugueses estão a ser enganados. Não só com o uso do dinheiro dos Contribuintes para comprar o voto de quem não quer trabalhar.
Mas também com os escândalos socialistas sem quaisquer consequências, para anestesiar o Povo face à GRANDE FRAUDE.
Esta é uma «revisão constitucional» em que praticamente tudo ficará na mesma, organizada pelos partidos velhos sediados em Lisboa a fim de impedir agora, e adiar, a Reforma do Sistema Político.
Vamos a ver se nos entendemos.
A Constituição é a Lei que estabelece e rege o modelo de país em que vivemos. Os nossos Direitos e Deveres, bem como a maior ou menor eficiência do Estado e restantes Entes públicos.
A Constituição de 1976 manteve-nos na cauda da Europa. Passado quase meio século e apesar de umas pequenas alterações nalgumas pseudo-revisões – como a actual – a ver se nos enganavam, as consequências são catastróficas.
A força da maçonaria, repercutida nos «seus» partidos velhos sediados em Lisboa, até por razões internacionalistas não quer o Sistema Político muito alterado.
E mais. Não tendo então a maçonaria a força que tem agora, e tendo sido os Açores e a Madeira uma garantia para assegurar a resistência democrática contra a ameaça comunista, na altura conseguimos uma Autonomia Política, embora muito limitada, que hoje não obteríamos face ao jacobinismo centralista que varre os partidos velhos.
O futuro dos Portugueses depende sempre, EM PRIMEIRO E DECISIVO LUGAR, do que está inscrito na Constituição da República Portuguesa.
O futuro do Povo Madeirense, EM PRIMEIRO E DECISIVO LUGAR, depende da Constituição da República Portuguesa adoptar, ou não, os Direitos e os mecanismos que nos são imprescindíveis para um permanente Desenvolvimento Integral.
É espantoso ouvir dizer actualmente a alguns «políticos», também na Madeira, «o Povo quer é comer e beber» ou «o Povo não come Autonomia»!…
Políticos que dizem isto, seja qual a sua cor partidária, ou são embusteiros, ou são analfabetos. Em qualquer dos casos, sem Qualidade para que os nossos destinos lhes estejam entregues!
Mal vai uma terra, onde os seus «políticos» se limitem ao imediatismo e ao facilitismo, à preguiça de se deixaram secundarizar, ao «politicamente correcto» de nos querer de novo agachados a Lisboa e a Bruxelas.
Sem a Autonomia Política, o que seria de nós, hoje?!…
Sem os nossos Direitos reconhecidos, sem os Meios Institucionais que necessitamos e Lisboa nos nega, que será do Povo Madeirense amanhã?…
«Políticos» e gente que só pensa em «comer e beber» ou em vender ou comprar votos, o que julgam que os seus filhos e netos um dia dirão deles?…
E o que é isto de chamar «política» à actividade de uns burocratas que não têm visão para além dos respectivos interesses imediatos?!…
E que ORGULHO NA AUTONOMIA CONQUISTADA, quando nos deixamos dominar, desta maneira, por uns pequeno-burgueses a viverem do Estado central e lá de Lisboa a nos imporem a injustiça?!…
Vejam os projectos de revisão constitucional dos partidos velhos e medíocres sediados em Lisboa.
Sem delimitar quais as competências do Estado central na Região Autónoma, tudo à mercê do que Lisboa quiser.
Mantendo, em proveito da arbitrariedade deles, o conceito de «Estado unitário».
Continuando a proibição anti-democrática e inócua de «partidos regionais».
Desafiando-nos com a continuação de um Agente da República residente e por cima dos Órgãos eleitos pelo Povo Madeirense.
Quase todos ignorando a Hierarquia do nosso Estatuto Político-Administrativo.
Sem uma organização político-administrativa territorialmente adequada ao arquipélago.
Omitindo, para futura discricionariedade e abusos, a redefinição clara e justa do Domínio Público regional.
E, cúmulo dos cúmulos, não esclarecidos adequadamente os seguintes Princípios contidos no Estatuto Político-Administrativo, então aprovado por unanimidade na Assembleia da República: Cooperação; Participação; Solidariedade; Ultraperificidade; Finanças regionais; Desenvolvimento económico; Poder tributário próprio; Fundo de coesão para as Regiões Ultraperiféricas; Projectos de interesse comum; Continuidade territorial; Centro Internacional de Negócios da Madeira.
E tudo isto sem falar, aqui, das importantes alterações que são necessárias ao Sistema Político a nível nacional. Mas que estes partidos velhos, dominados e medíocres da pequena faixa litoral ocidental da Península Hispânica, negam aos Portugueses.
Eu não me rendo.