A organização Venezuelanos Perseguidos Políticos e no Exílio afirmou hoje, em carta ao Parlamento Europeu, ser “urgente e necessário que os países da Comunidade Europeia entendam a real dimensão da ameaça que representa o regime narco-terrorista de Nicolás Maduro”.
Na missiva, dirigida ao presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, o líder da organização Venezuelanos Perseguidos Políticos e no Exílio (Veppex), José Colina, pediu informações sobre “o alcance das sanções que o Parlamento Europeu implementará e sobre quais funcionários do governo venezuelano recairão» as medidas.
A organização, com sede em Miami, sublinhou que “é muito importante” para o “isolamento e combate da narco-ditadura” que o Parlamento Europeu siga os passos dos Estados Unidos e Canadá e imponha sanções a um “regime” que “avança no objetivo de destruir” as estruturas institucionais da Venezuela.
Na opinião de Colina, é imperativo que “os países e as instituições democráticas do mundo se juntem às ações de aplicação de sanções decididas pelos Governos dos Estados Unidos e Canadá contra funcionários venezuelanos corruptos, narcotraficantes e violadores dos direitos humanos”.
Colina destacou que a necessidade de sanções mais fortes é necessária tendo em conta que “muitos” dos colaboradores e ex-funcionários do regime “escolheram países desse continente (europeu) para se esconderem e estabelecerem plataformas que permitam fazer manobras para beneficiá-los”.
A Veppex, na carta, diz a Tajani esperar que “logo se possa conhecer as sanções e outras ações que tenham a implementar contra o regime” do Presidente venezuelano Nicolas Maduro.
Em outubro, o Parlamento Europeu concedeu o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento à oposição venezuelana.
Tajani disse que se tratava “de uma homenagem a todo o povo venezuelano” e mostrou o seu apoio à Assembleia Nacional da Venezuela, que é dominada pela oposição.
No passado dia 13 de novembro, a União Europeia decidiu, por unanimidade, aplicar sanções à Venezuela, incluindo um embargo de armas e outro material “que possa ser usado para a repressão interna”, e adotou o quadro legal para impor medidas contra os responsáveis.
“Complementarmente aos seus esforços políticos e diplomáticos com vista a uma solução pacífica negociada para a crise política, o Conselho decidiu hoje por unanimidade adotar medidas restritivas, sublinhando a sua preocupação com a situação no país”, lê-se nas conclusões sobre a situação na Venezuela, adotadas pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunidos em Bruxelas.