Governo venezuelano disponível para «diálogo pacífico» com UE

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O governo venezuelano validou em Antália (Turquia), a sua «disponibilidade» para um «diálogo pacífico» com a União Europeia. «Durante a reunião com o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Félix Plasencia reiterou a exigência da Venezuela de suspender as medidas coercitivas unilaterais que afetam o pleno gozo dos direitos fundamentais do povo», lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela enviado à comunicação social.

Plasencia explicou que o encontro aconteceu «num ambiente amistoso e cordial», no qual a Venezuela destacou que a sua diplomacia assenta no «respeito» e «autodeterminação dos povos».

O encontro entre Borrell e Plasencia foi realizado no âmbito do II Fórum Diplomático de Antália, que está a decorrer até este domingo e para o qual a Venezuela enviou uma delegação de alto nível, chefiada pela vice-presidente executiva, Delcy Rodriguez.

Borrell confirmou o encontro com Plasencia numa mensagem na sua conta da rede social Twitter, salientando que foi abordado também o «grave impacto da guerra com a Ucrânia».

«Primeiro encontro com Félix Plasencia no Fórum Diplomático de Antália. A UE apoia o diálogo no México. As recomendações da Missão de Observação Eleitoral da UE constituem uma boa base para futuras eleições e reformas democráticas. Também abordamos o sério impacto da guerra contra a Ucrânia», escreveu numa mensagem no Twitter, acompanhada de uma fotografia do encontro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano assegurou durante o evento em que participa na Turquia que a Venezuela é um «aliado comprometido» da Rússia, mas está aberto a fazer negócios com os EUA.

«Somos aliados comprometidos do governo russo e respeitamos seu presidente, (Vladimir) Putin, como membro responsável da comunidade internacional e estamos convencidos de que ele fará o que for melhor para o povo», disse Plasencia em entrevista à agência de notícias turca Anadolu.

Ao mesmo tempo, Plasencia apoiou fortemente um hipotético retorno das companhias petrolíferas americanas à Venezuela após contactos com Washington na semana passada.

«Fazemos negócios de petróleo com empresas americanas há cem anos. Nunca lhes pedimos que saíssem do país. Espero que respeitem a soberania e a legitimidade do meu país. Se o respeitarem, podemos fazer juntos muitos negócios», disse o ministro.

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