Identidade do “hacker” de Football Leaks pode ter sido revelada

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Uma fonte anónima revelou à secção desportiva do site Notícias ao Minuto o link de um blogue, apelidado de «Football Leaks Revealed», e dá conta da identidade do autor do misterioso portal «Football Leaks».

Segundo a mesma fonte, o criador da página chama-se Rui Pinto, tem 27 anos, é natural de Vila Nova de Gaia e reside em Budapeste, na Hungria. Rui terá usado um vasto leque de técnicas para «hackear» contas de e-mail e obter documentos que revelavam informações confidenciais e documentos contratuais de jogadores e treinadores de futebol.

Com o apoio de um advogado português, Aníbal Pinto, o «hacker» tentava, alegadamente, extorquir dinheiro a vários clubes, exigindo avultadas quantias em troca da confidencialidade dos documentos em sua posse. Caso a chantagem não fosse paga, os documentos eram publicados no «Football Leaks», segundo conta o referido site. Alguns dos lesados conhecidos são jogadores da carteira do empresário Jorge Mendes, entre eles Cristiano Ronaldo. No ano passado, o contrato do actual treinador dos leões Jorge Jesus foi também atingido pelos «leaks» da página.

Recentemente, Jorge Mendes foi também citado pelo criador do «Football Leaks», numa entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, no qual o «hacker» afirma que o empresário português contratou detectives para o descobrirem. Revelou ainda, por detrás de um nome fictício – John – que o agente lhe terá oferecido 650 mil euros em troca de documentos confidenciais, mas que rejeitou o dinheiro. Ao mesmo periódico disse ainda que tem «mais ‘bombas’ preparadas para os próximos meses».

A mesma página divulgada pela secção desportiva do site Notícias ao Minuto revela que o suposto autor dos «leaks» já teria cadastro no «hacking». Em 2013, Rui conseguiu entrar no Caledonian Bank, nas Ilhas Caimão, e transferir cerca de 300 mil dólares (270 mil euros) para o Deutsche Bank em Lisboa. A operação não foi bem sucedida – um erro desvendou a sua identidade e o português foi ouvido pelas autoridades competentes. Graças a Aníbal Pinto, que o defendeu no processo do Caledonian Bank, o «hacker» conseguiu evitar uma pena de prisão e pagar apenas uma insignificante quantia de dinheiro.

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