Silva nasceu em Lisboa, a 15 de Maio de 1806, e faleceu a 23 de Março de 1896. Foi arquitecto, arqueólogo e fotógrafo. Foi arquitecto da Família Real Portuguesa, trabalhando em 1861 no Palácio da Ajuda, no período de Dona Maria Pia. Parte da sua obra pode ser vista no Museu do Palácio Nacional da Ajuda.
Foi também fundador e presidente da Associação de Arqueólogos Portugueses (APP), que ainda existe.
Com a invasão napoleónica a Portugal, em 1807, Possidónio da Silva partiu para o Brasil, especificamente para o Rio de Janeiro, junto com a sua família. Foi neste país que viveu parte da juventude.
Em 1824, aos 18 anos de idade, foi estudar Arquitectura para a Escola de Belas Artes em Paris, França. Entre 1829 e 1830, esteve em Roma, mas voltou a Paris para trabalhar no Palácio Real e no Palácio das Tulherias. Em 1833, regressou a Portugal, onde se tornou arquitecto da Casa Real. Para além disso, participou nas obras do Palácio da Pena, em São Bento.
Entre 1851 e 1853, foi o segundo Grande Mestre da Grande Loja Provincial do Oriente Irlandês. Em 1867, durante a Exposição Internacional de Paris, realizou-se a segunda sessão do Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-histórica, no qual Possidónio da Silva obteve o seu primeiro contacto com a Arqueologia, em especial a escavação estratigráfica e sectorial. Em 1878, no seu livro Noções Elementares de Arqueologia, publicou uma síntese desses métodos.
O interesse de Silva pelos momentos megalíticos iniciou-se, contudo, na década de 1850, quando escavou um dólmen localizado entre Sintra e Colares. Escavou ainda mais dois dólmenes nas imediações de Tomar. Foi no final desse período final que conseguiu apoio do governo para o primeiro levantamento de dois monumentos nacionais. Procurou também, através dos jornais, informar o público sobre a necessidade de preservar o património arquitectónico lusitano.