Ommyra Moreno Suárez
O termo Natal provém do latim “nativitas” e significa nascimento. No ano de 345, foi oficialmente reconhecido o dia de Natal quando por influência de San Juan Crisóstomos e San Gregorio Nacianzeno se proclamou o dia 25 de dezembro como a data do Nascimento de Cristo. Contudo, alguns dos costumes tradicionais do Natal chegaram mais tarde, como o de cantar os ‘villancillos’, que surgiu na Idade Média. No Natal, os cristianos africanos reúnem-se e leem passagens da bíblia. Depois, realizam danças e cânticos ao ar livre. Na Etiópia, realizam uma cerimónia que consiste em tomar banhos nos rios. Se alguma vez te perguntaste, a estrela de Natal teve origem nas Filipinas, onde se fazem tochas em forma de estrelas de cinco pontas, que iluminam a entrada das casas. Nos costumamos colocá-la na parte superior da árvore de Natal. No que se refere aos postais, foram criados por Henry Cole, que em 1843 encarregou um amigo pintor de desenhar uma cena natalícia e depois a reproduziu numa imprensa e depois escreveu uns breves desejos de felicidade e assinou para enviar aos amigos e familiares. O famoso panetone nasce em Milão, Itália, por encomenda do duque Sforza, que pediu aos seus cozinheiros uma comida especial no dia de Natal que contivesse no interior frutas secas e passas.
A história dos três Reis Magos remonta ao século VI d.C. Melchior, que representa os europeus, ofereceu ao menino Jesus uma prenda de ouro que testemunha a sua realeza. Gaspar, representante dos semitas da Ásia, cujo bem mais apreciado é o incenso, ofereceu-o como símbolo da sua divindade. E, por último, Baltasar, de pele escura e com barba, identifica-se com os filhos de Cam, os africanos que entregam mirra, em alusão à sua futura paixão e ressurreição. Os restos dos Reis Magos estiveram durante trezentos anos em Constantinopla, no que antigamente era Bizancio e agora é Istambul, na Turquia. Depois, foram levados para Milão, onde ficaram até 1162, sendo que o imperador saqueou Milão e entregou os restos dos Reis Magos ao arcebispo Reinaldo de Dassel, que decidiu que estes fossem transferidos para Colonia, Alemanha. Os restos descansam num cofre de ouro e prata que pesa 350 quilos e estão numa capela que foi construída para o efeito pelo imperador Carlomagno.