O Governo Regional da Madeira considerou que agora o Porto Santo “beneficia de um novo chamariz enquanto destino turístico” ao integrar a Rede Mundial de Reservas da Bioesfera, que vai projetar a ilha a nível internacional.
“O Porto Santo beneficiará, portanto, de um novo chamariz enquanto destino turístico com a chancela da Unesco”, declarou a secretária do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas madeirense naquela ilha.
Susana Prada deslocou-se ao Porto Santo para descerrar uma placa colocada num dos jardins da cidade que assinala a integração da ilha na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Unesco, tendo sido anunciada a sua aprovação pelo Conselho Internacional de Coordenação do Programa ‘O Homem e a Biosfera – MAB’ pelo Governo da República.
“Em nome do Governo Regional da Madeira manifesto a nossa enorme satisfação e alegria pela ilha do Porto Santo ter sido reconhecida pela Unesco como Reserva da Bioesfera, ou seja, a excelência do seu património, classificada pela Unesco, um orgulho para todos nós”, afirmou a governante madeirense.
Susana Prada recordou que a ideia desta candidatura surgiu na secretaria regional que tutela, quando chegou ao Governo Regional da Madeira, em 2015.
“No entanto, não teria sido possível chegar até aqui se não fosse a população e todos os nossos parceiros”, referiu, expressando agradecimentos “a todos os que direta ou indiretamente estiveram envolvidos neste percurso”.
A governante mencionou que esta candidatura foi coordenada pela investigadora madeirense Susana Fontinha e que contou, desde o início, com o apoio “incansável” da presidente do Comité do Programa ‘O Homem e a Bioesfera’
Susana Prada enfatizou que este é “mais um reconhecimento internacional do notável património natural e cultural do Porto Santo”, salientando que as reservas da Bioesfera “são geradoras de impulsos importantes”.
“Elas promovem um ‘marketing’ de produtos enquanto destino turístico da região, o turismo em conformidade com o meio ambiente e uma agricultura inovadora que protege o ambiente”, sustentou.
Esta classificação também vai “projetar o território [Porto Santo] a nível internacional, pela valorização dos valores intrínsecos, serviços e produtos locais, pela promoção da economia de baixo carbono e circular, elevando significativamente a geração de valor e a sustentabilidade ambiental com ganhos expressivos para os residentes e os seus visitantes”, argumentou.
A responsável destacou que, ao integrar esta rede mundial, o Porto Santo ainda passará a ter “acesso, em cooperação com outras reservas, a fundos internacionais para desenvolver ações e projetos”.
“O Porto Santo é um território com grandes potencialidades de gente corajosa, determinada e orgulhosa da sua terra”, disse.
No seu entender, para aquela ilha, onde residem cerca de 5.000 pessoas, “inicia-se um enorme desafio” e está-se “perante uma oportunidade para a afirmação de um Porto Santo cada vez mais próspero”.
“Há que aproveitar todas as oportunidades”, vincou Susana Prata, considerando que “o Porto Santo é digno desta distinção”.
Ainda recordou que a Região Autónoma da Madeira passa a dispor de duas reservas da Bioesfera da Unesco, uma em Santana e outra no Porto Santo, manifestando o compromisso do executivo para, “no âmbito das suas competências”, colaborar na sua gestão.
Esta rede internacional é já constituída por mais de 700 reservas, que têm implementado “ações que contribuam para uma relação harmoniosa entre os seres humanos e a natureza numa vasta gama de contextos”.
As Reservas da Biosfera Portuguesas já inscritas na Rede Mundial são Boquilobo (Corvo – Açores), Graciosa (Açores), Flores (Açores), Reserva da Biosfera Transfronteiriça do Gerês –Xurés (Portugal/ Espanha), Berlengas (Peniche), Santana (Madeira) Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica (Portugal/ Espanha), Fajãs de S. Jorge (Açores), a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Tejo/Tajo Internacional (Portugal/Espanha) (2016) e Castro Verde (Alentejo).