Desaparecidos
Até 15 de maio, o Ateneo de Caracas e Proyectos en Ebullición apresentam a peça teatral “Desaparecidos”, uma obra escrita e dirigida por Alexis Márquez, reconhecido actor, guionista e director teatral, que traz a cena uma proposta à altura. A obra gira em torno do desaparecimento de Santiago, filho menor de Sónia, que sofre de um severo grau de autismo. No mesmo dia, Grecia e Alonso, filhos maiores de Sónia, regressam a casa após dois anos ausentes. Este facto é determinante para que rebentem os rancores que têm sido guardados debtro de cada um deles. Por um lado, Alonso e Grecia reclamam da sua mãe o cruel tratamento recebido durante a sua infância e, por outro, Sónia lhes recrimina o abandono a que foi submetida. No desenvolvimento da obra, vêm à tona obscuros segredos da família que farão com que os espectadores se envolvam cada vez mais na história. A família confronta-se assim em cena. Ana, um polícia que tem acompanhado a Grecia neste viagem, un as peças do confuso relato de Sónia e descobre a atrocidade que se oculta por detrás deste desaparecimento. A peça conta com as atuações de Rosa Paz, Indira Figueroa, José Carrizo e Jennifer Morales. Atuações sábados e domingos às cinco da tarde.
Até 27 de maio, as gargalhadas vão invadir o Teatro Escena 8 com a obra de teatro “Rainhas Varridas”, onde quatro personagens homossexuais compartem as suas histórias acompanhadas de coreografias, uma divertida lista de canções e performances fonomímicas onde a realidade e a fantasia se fundem no mesmo plano. Original do grupo Casancini Produções, a proposta teatral é dirigida por Ramón Casanova, jovem ator que se estreia como director com esta obra. Estas “rainhas” têm levado o seu humor a diferentes cidades do território nacional, tais como Maracaibo, Barquisimeto e Valencia, assim como à bonita Margarita. A peça conta com as atuações de Andrés Casanova, César Bande, Ramón Casanova e Jesús Alberto Montoya.
Como água para chocolate
O êxito de amor e frenesim “Como água para chocolate” regressa ao Trasnocho Cultural, aos sábados e aos domingos, às oito da noite, até aos dia 12 de junho. Trata-se da extraordinária e comovedora cena do clássico de Laura Esquivel, dirigida e adaptada por Julián Izquierdo Ayala. Os sabores, a sensibilidade humana e a tragédia da repressão se misturam para dar vida a uma história sobre a liberdade e o amor em tempos de crise, com uma proposta hiper-realista e única, adaptada pelo próprio Izquierdo Ayala. Este clássico, que comemorou em 2015 os seus 25 anos de existência, gira em torno das desavenças de Tita, a filha menor de Mamã Elena e uma jovem de beleza escondida que vive um amor frustrado pelas crenças e costumes da época. O amor de Tita e Pedro encontra obstáculos desde o início por causa de uma tradição familiar: a filha menos não deve casar-se, pois está destinada a cuidar da sua mãe na velhice. Por sua vez, Mamã Elena fica viúva, depois de um enfarte do marido, o que obriga a Tita a renunciar da sua própria vida. Como os namorados não se podem casar, Pedro procura uma opção para se aproximar de Tita. A situação origina fortes emoções que se transmitem mediante a comida. A peça conta com as atuações de Calar Muller, Vera Linares, Irene Casanova, Citlalli Godoy, Taba Luis Ramírez e Luis Ernesto Rodríguez.