Retrospetiva 642

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1.- Problemas diversos em destinos concorrentes dos portugueses, que colocam em foco a segurança e a confiança dos visitantes, estão a lotar os hotéis lusitanos, nos principais centros de férias do País, nomeadamente no Algarve e na Madeira. Mas não só. Lisboa é o destino de moda na Europa para escapadas de poucos dias, com a ‘benção’ das companhias aéreas de baixo custo. O Porto e o Norte de Portugal são zonas cada vez mais procuradas por turistas de maior poder de compra. As ilhas dos Açores estão a ser descobertas pelos Portugueses do continente, agora ligados entre si por voos baratos das companhias também ditas de baixo custo. A ilha do Porto Santo, a primeira descoberta pelos Portugueses, foi descoberta nesta década pelos turistas continentais compatriotas e por outros, da Europa do Norte, que consideram que a ‘Ilha Dourada’, na sua solitária pacatez, é também um excelente destino de Inverno. E já começaram a abrir os hotéis nos meses em que, normalmente, estavam fechados.

O Turismo continua a bater recordes em Portugal. Recordes comparativos, se tivermos em conta número dos últimos anos, quando por via do investimento gigantesco dos operadores turísticos, os europeus foram para o Norte de África, para a Bacia do Mediterrâneo e para o Mar Vermelho. De volta para trás, resta-lhes olhar para as Ilhas Atlânticas ou para destinos mais longínquos.

Portugal agradece e observa sentado, com algum conforto, a disputa entre empresas multinacionais de turismo e viagens, as quais por serem obrigadas a vender têm de fazer pela vida e levar os clientes para onde estejam seguros. Seguros contra a violência, contra a instabilidade social, contra as intempéries. Seguros, finalmente, na qualidade do produto e no acolhimento de quem os recebe. Não haja dúvida que pouco têm a escolher e, assim, vão chegando aos resorts turísticos nacionais, onde encontram conforto e bem-estar garantidos.

Estamos à beira de mais um Verão, a época turística alta por excelência, e é curioso que uma companhia aérea, tida como uma das maiores da Europa no transporte aéreo de baixo custo (denominadas internacionalmente por ‘low cost’) inseriu na sua página de Internet um aviso aos seus clientes, para confirmarem as suas reservas para o Verão, porque a perspectiva é de que no final de Março, os hotéis portugueses estarão lotados e não garantirão mais lugares…

Deus queira que assim seja. Este País, que em questões de turismo prima pelo excelente desempenho e por uma oferta que não desilude o visitante, bem merece que se fale dele. Que se fale, sim, de forma positiva!

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2.- As dificuldades que se vivem na Venezuela continuam a agravar-se por falta de tolerância política e por uma consequente cadeia de factos que mostram quão disparatada tem sido a governação, agora mais focada em destruir uma maioria parlamentar que as eleições democráticas do ano passado levaram até à Assembleia Nacional.

Nem os relatórios internacionais e a situação de falência técnica e de bancarrota que hoje estão coladas ao nome da Venezuela, fazem, governantes e opositores, arredarem pé, e forçar a negociação de uma solução que esteja mais de acordo com o momento, que devolva tranquilidade e pão ao Povo Venezuelano.

O dia-a-dia faz-se agora de acusações mútuas, de quem talvez não tem fome, nem sente nos ombros e no estômago, o sofrimento das famílias venezuelanas e de todos os que trabalham em diversas actividades económicas, nomeadamente os pequenos empresários e comerciantes, de mãos caídas perante um mercado bloqueado pela falta de produtos e de consumo.

A falta de energia não é um capítulo novo deste tempo de crise ou de recessão. Mas tem-se agudizado nos últimos tempos. Tudo fica em causa, quando a electricidade não chega, pois a vida moderna está condicionada aos mecanismos e dispositivos que estão à nossa volta e que entram num círculo vicioso, do qual é difícil sair. Precisamos de energia para cozinhar, para colocar as máquinas das fábricas a trabalhar. Precisamos de energia para ligar os computadores hoje indispensáveis na nossa jornada de trabalho e para accionar outras máquinas que ajudam os doentes a sobreviver.

Sem energia caminhamos para o fim da ladeira, a descer… uma espécie de descalabro final… uma escuridão permanente e estrutural que nos apaga o futuro.

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