O presidente do Sindicato da Construção de Portugal anunciou, terça-feira, 30 de Setembro, que vai denunciar à Polícia Judiciária (PJ) a existência no Norte de “redes mafiosas” que cobram dinheiro para levar trabalhadores para o estrangeiro, “sendo muitos deles lá abandonados”.
Em declarações à Lusa, Albano Ribeiro referiu que pretendia denunciar à PJ “nomes de dezenas de empresas de Braga, Vale do Sousa e Cinfães” que prometem emprego – com contrato de trabalho e um ordenado alto – a trabalhadores do sector em países como Canadá, Angola, Bélgica, França e Noruega.
Muitos desses trabalhadores, que pagam “entre 300 a 500 euros” a essas empresas, disse, “são abandonados”, não tendo contrato de trabalho e estando “a receber ordenados muito inferiores ao prometido”.
Face “à gravidade da situação”, acrescentou Albano Ribeiro, “o sindicato vai ser recebido pelo secretário de Estado das Comunidades, em Lisboa”. Segundo o sindicalista, há “milhares de trabalhadores vítimas destas redes mafiosas”.
Albano Ribeiro denunciou ainda a existência de 28 trabalhadores portugueses na Argélia com salários em atraso há três meses.