Uma planta que embeleze a cidade

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Sabe o que é uma ‘Vitória amazónica’? Provavelmente pensa que é um termo associado ao futebol, mas não. Também conhecida como ‘Vitória régia’, trata-se de uma planta, especificamente um lírio de água, o maior de todos os lírios de água, nativo das águas pouco profundas do rio Amazonas, que existe em zonas como o Peru e o Brasil, e que também se encontra na Guiana, Colômbia e Venezuela.

Sim, aqui mesmo na Venezuela, contamos com esta espécie única e fenomenal que espalha beleza durante poucos dias do ano, e ainda que esteja a pensar que para conhecê-la tem de ir até à selva amazónica, deixe-me dizer-lhe que bastará visitar, por esta altura, a lagoa Venezuela, do Jardim Botânico da Universidade Central de Venezuela (UCV), onde os lírios compõem um espectáculo que rouba a atenção de todos, especialmente nestas semanas nas quais estão a florir.

Como tínhamos que compor a página, pareceu-nos importante trazer algo sobre a Venezuela e as suas belezas, e que melhor do que uma lagoa com a forma do nosso mapa, desenhada pelo arquitecto Carlos Raúl Villanueva, que estremece com a sua beleza floreada.

Neste espaço, um dos mais distantes do parque, mas mais visíveis, inclusive de fora do parque, existe uma grande variedade de lírios aquáticos da América, acompanhados por plantas da Coreia, Tailândia, Egipto, Austrália e África, para mencionar apenas algumas.

Mas sem dúvida que é a ‘Vitória amazónica’ que desperta o interesse de todos, já que as suas enormes folhas se exibem como bandejas flutuantes que alcançam, neste local, entre quatro e cinco metros de altura, e que suportam até 70 quilos de peso.

Esta planta foi descoberta por Tadeo Javier Peregrino Haenke, na Bolívia, em 1801, e cada uma delas tem entre 10 e 12 folhas de até 6 metros de diâmetro. A flor abre-se ao anoitecer e mantém-se aberta até às 9 am. É durante a primeira noite que a flor é branca e feminina, o que quer dizer que só o estigma está maduro e pode receber pólen.

Depois, na segunda noite, a flor é rosada e masculina, as anteras amadurecem e produzem pólen, que serve para fecundar outras flores.

Neste caso, os polinizadores são besouros da espécie Cylocephala castanea, que se impregnam de pólen e começam a reparti-lo.

Tradicionalmente, a ‘Vitória Amazónica’ floresce desde princípios de Março até Julho, mas na Venezuela, pode desfrutar deste espectáculo estes dias.

Outro dado importante a considerar é que os reservatórios artificiais de água são considerados uma obrigação para os países signatários da Convenção sobre os Pantanais de Importância Internacional (Ramsar), que integra a Venezuela.

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